domingo, 22 de março de 2015

Opinião: A infeliz campanha do SBT para divulgar suas novelas

Por Gabriel Vaquer


As opiniões expressas aqui refletem a opinião do autor do texto e não do blog Equipe Chiquititas!


Televisão é uma guerra constante pela audiência. Todos os canais fazem o impossível, algumas vezes, para conquistar cada vez mais e mais números.  

Além de Gugu e Ratinho às terças, quartas e quintas, agora temos também uma guerra entre "Babilônia", nova novela das nove da Globo, e "Carrossel", do SBT, que vem sendo reprisada logo após a já bem sucedida "Chiquititas".

"Carrossel" tem roubado notoriamente audiência da Globo, crescendo 225% a faixa para o SBT. É coisa de fenômeno. "Babilônia", até aqui, tem sido uma novela forte, mas com características bem peculiares de Gilberto Braga: vilões muito fortes, mocinhas excelentes e temas ousados. A trama vem dando mais o que falar pelas polêmicas do que exatamente por suas histórias.

E polêmicas, leia-se o babafá desnecessário entre os papeis de Nathalia Timberg e Fernanda Montenegro. Tem gente que acha pessoas se amarem errado. Mas OK, não vou entrar nesse mérito e nem vou dizer que a Câmara Federal não tem moral para fazer campanha sobre o que eles acham que é família e sobre o que eles pensam que é moralidade. Em meio a escândalos, vem falar de "decência familiar"? Piada péssima.

Neste sábado (21), o SBT começou a exibir chamadas com os dizeres "novela para a família é aqui". Curiosamente, o mote para o boicote à "Babilônia" é que não é uma novela para a família, não pelas cenas de sexo e violência, e sim pelos beijos gays. Ou seja, o SBT se incluiu numa polêmica desnecessária e ainda dá a entender o que considera de fato, uma "família".

A chamada tem um tom infeliz, ainda mais se lembrarmos que foi o SBT que alardeou o beijo lésbico em "Amor e Revolução" como o primeiro dado na TV brasileira.

Historicamente, a emissora de Silvio Santos provoca seus concorrentes. E isso não é ruim, muito pelo contrário. É divertido, aquece o mercado. Mas não era nem hora e nem o momento. Não acho que o SBT seja um canal preconceituoso, longe disso. Mas a ideia desta vez não foi sagaz. Foi bem infeliz.

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