quinta-feira, 13 de agosto de 2015

'Chiquititas' chega ao fim com excelentes números de vendas

Após mais de dois anos no ar, ‘Chiquititas’ chega ao fim nesta sexta-feira com 545 capítulos e uma marca histórica: a novela do SBT é a segunda mais longa da TV brasileira, perdendo apenas para ‘Redenção’ (1966/68), que teve 596 capítulos na extinta TV Excelsior. Com médias de 12 pontos, a trama adaptada por Iris Abravanel e dirigida por Reynaldo Boury também alcançou números comerciais impressionantes, somando mais de 350 produtos licenciados e aproximadamente 80 milhões vendidos.

‘Chiquititas’ foi praticamente um segmento de ‘Carrossel’. Uma novela infantojuvenil, voltada para a família brasileira”, avalia Reynaldo Boury, acrescentando ainda que o aumento de capítulos não prejudicou a história nem a qualidade do trabalho. “Esticar novelas é um recurso usado quando o sucesso é grande. O ritmo e a qualidade sempre foram preservados. Não houve preocupações”, completa.

No quesito comercial, o SBT só tem o que comemorar com a novela infantil, que superou os números de ‘Carrossel’. Foram 42 contratos fechados com empresas parceiras para o lançamento de mais de 300 produtos, entre eles bonecas, jogos, álbum de figurinhas e material escolar. Já os três CDs e quatro DVDs atingiram a marca de 400 mil unidades vendidas.

O sucesso também chegou às redes sociais. O canal oficial da novela no YouTube teve mais de 628 milhões de visualizações, enquanto a página no Facebook superou os 5,4 milhões de seguidores.

Apesar da boa audiência, a novela passou a enfrentar a dura concorrência de ‘Os Dez Mandamentos’, da Record, desde março. O resultado foi a perda da vice-liderança absoluta — o que não aconteceu com ‘Carrossel’, que terminou com média de 14 pontos. Mesmo assim, o diretor-geral garante que a novela bíblica não interferiu no desempenho de ‘Chiquititas’ no Ibope: “Não mudou nada.”

Nos bastidores, não foi fácil manter a ordem do elenco infantil, com quase 30 crianças — a maioria estreante em novela. Para Reynaldo Boury, de 83 anos e 61 de televisão, a maior dificuldade foi adequar as seis horas de trabalho da garotada com os estudos, para cumprir determinação da Justiça. “Foi um verdadeiro jogo de xadrez, mas deu tudo certo e terminamos a novela com uma boa antecedência (em março)”, diz.

O diretor prefere não destacar nomes. “Todo o elenco foi formado por excelentes profissionais”, afirma. No entanto, ele ficou muito satisfeito com o desempenho de Giovanna Grigio, a Mili, já que no começo da trama houve comparações entre ela e Fernanda Souza, a protagonista da primeira versão. 

“Não assisti à primeira versão e não devo fazer comparações. Mas a Giovanna superou todas as expectativas, fazendo uma Mili maravilhosa”, finaliza.

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