domingo, 22 de fevereiro de 2015

Entrevista: Naiumi Goldoni lembra tempos de modelo: ‘Maiores perrengues foram na China’

Naiumi Goldoni começou a carreira artística como modelo com o objetivo de, um dia, realizar o sonho de ser atriz. Nascida no Rio Grande do Sul, ela, que acumula pequenas participações em produções da Record, Globo e Multishow, viveu em países como China e Tailância, antes de ter seu primeiro contrato fixo, o que aconteceu em 2013, quando entrou para chiquititas, trama que está na reta final e é exibida pelo SBT.

"Morei fora e os maiores perrengues que vivi foram na China. Na cidade em que morei, poucas pessoas sabiam o inglês. Era difícil até no mercado. Fui na época do ano novo chinês e, com isso, tinha pouco trabalho. Tudo era bem complicado. A comida era difícil", diz ela, que não descuida da alimentação, acompanhada pelo noivo, o personal trainer André Moreira, com quem se casará ainda neste ano.

Antes de ser atriz, você foi modelo. Como começou?
NAIUMI GOLDONI: Comecei como modelo no Rio Grande do Sul. Quando iniciei, já queria ser atriz. Sou de Canoas e, nesse começo de carreira, morava em Esteio, cidade que não tem uma ação expressiva na área artística. Comecei como modelo e fiz cursos de atuação em Porto Alegre.
Você chegou a morar fora?
N.G.: Como modelo, fui morar na China, Índia, Malásia, África do Sul, Filipinas. Fiquei um ano e meia fora. Fui em 2006, tinha 20 anos.

Esses países tem costumes e tradições bem diferentes dos nossos. Chegou a passar perregues?
N.G.: Os maiores perrengues foram na China. Na cidade em que morei, poucas pessoas sabiam o inglês. Até no mercado, era difícil. Fui na época do ano novo chinês e, com isso, tinha pouco trabalho. Tudo era bem complicado. A comida era difícil, a comunicação era difícil.

Financeiramente foi compensador?
N.G.: Vida de modelo parece que é glamourosa, mas é difícil. Muitos dos cachês só recebi quando estava de volta ao Brasil. Tem que se segurar financeiramente. Não fiz muitas compras na China. Nas Filipinas, sim, eu fiz compras. De certa forma, Filipinas era parecida com o Brasil no estilo de se vestir e de se comunicar.

E dos países onde viveu, qual gostou mais?
N.G.: Da Tailândia e da África do Sul. Fiz muitos amigos e trabalhei muito bem. Nunca fui modelo de passarela. Sempre fui modelo comercial. No período de verão da África do Sul, fiz muitas campanhas para a Europa. Foi uma época boa.

E a volta, como foi?
N.G.: Quando voltei, decidi focar na carreira de atriz. A profissão de ator é de muita dificuldade, especialmente no início. Trabalhei fazendo publicidade. Percebi que o Rio de Janeiro não é tão forte como São Paulo na área de trabalhos publicitários. Tinha certa independência, mas não era sempre que a grana entrava. Fiz a Oficina de Atores da Globo e, depois, fiz um teste – sem muitas expectativas – no SBT.

E aí, foi aprovada para ser a Gabi, mãe da Mili em Chiquititas?
N.G.: Isso. É um papel bem interessante, um grande laboratório. Como a personagem teve diferentes momentos, foi muito positivo para minha evolução. A Gabi começou na história dentro de uma depressão muito profunda. Ela era quase catatônica no início da novela e, depois, voltou a falar, a andar. Foram várias fases diferentes de uma mesma personagem em uma novela. E eu era fã da primeira versão. Quando era pequena, o papel da chiquitita Vivi era dos sonhos.

Você está chegando aos 30 anos. Alguma crise de idade?
N.G.: Realmente, nunca tinha me sentindo tão bem. Estou satisfeita com meu corpo, feliz e melhor do que eu me imaginava nessa idade. Falam da crise dos 30, né? Não tive nenhuma.

E como cuida do físico?
N.G.: Meu noivo é personal trainer e sou apaixonada por receitas saudáveis. Era um sonho do André poder ensinar e influenciar cada vez mais pessoas a ter uma vida saudável. Resolvemos juntos colocar em prática um projeto antigo que ele tinha, o Movimentos Saudáveis. É uma forma de divulgar informações sobre o estilo de vida saudável na internet, pelo Instagram. No dia a dia, eu corro, vou pra academia, malho bastante. Minha alimentação é super saudável. Em casa, nunca teve refrigerante, nem bolacha recheada. Minha lancheira na escola tinha suco, frutas... Adoro coisas naturais.

E quais são seus pecadinhos gastronômicos?
N.G.: Evito açúcar, mas confesso que adoro um docinho. Não exagero, mas não abro mão da sobremesa. Não abro mão de comer coisas que gosto, só não é preciso exagerar. Não vou comer dois potes de sorvete, fico em uma taça.

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