sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Entrevista: Manuela do Monte no mundo dos pequenos

Manuela do Monte já tem mais de dez anos de carreira. E, depois de viver papéis de destaque na Globo, como em “A Casa das Sete Mulheres” (2003), e protagonizar uma das temporadas da novelinha teen “Malhação” (2003), ela volta a ser o centro das atenções, mas de um público especial. A morena encara aquele que foi um dos mais marcantes personagens do imaginário infantil nos anos 90. Em “Chiquititas”, ela dá vida à doce e amorosa Carol, papel que durante anos foi interpretado por Flávia Monteiro e consagrou a carreira da atriz. 
A responsabilidade é grande, mas Manuela parece tirar de letra os números musicais, as coreografias e as aventuras ao lado dos pequeninos. O papel lhe caiu como uma luva, já que ela adora criança, e, como revelou nesta entrevista, sua relação com elas é grande e vem desde quando era pequena. No Rio de Janeiro, a atriz é madrinha do Educandário Romão Duarte, local onde também buscou inspiração para construir a personagem e estreitar ainda mais os laços com os telespectadores mirins. 

COMO VOCÊ RECEBEU A NOTÍCIA DE QUE IRIA INTERPRETAR UMA PERSONAGEM TÃO MARCANTE NO IMAGINÁRIO INFANTIL? COMO VOCÊ ENXERGA ESSA RESPONSABILIDADE?

Meu pai estava me visitando nesse dia, falei com nossa produtora de elenco por telefone, que me confirmou que eu havia mesmo passado no teste. Eu abracei meu pai e fiquei por alguns minutos pulando de alegria em cima da minha cama. Queria muito fazer esse trabalho. Encarei essa responsabilidade com muita leveza e mergulhei de cabeça no projeto.

CHEGOU A CONVERSAR COM A FLÁVIA MONTEIRO PARA COMPOR A PERSONAGEM?

Não tive a oportunidade de conhecê-la. Nessa composição, usei muito minhas memórias da vivência que tive no Educandário Romão Duarte, no Rio de Janeiro. Eu já frequentava a instituição há um tempo e só uni o útil ao agradável intensificando minhas visitas por lá. Depois da estreia da novela, foi muito emocionante quando eu voltei ao Rio para visitá-los novamente. Sempre que posso vou até lá para matar a saudade.

SENTIU ALGUM RECEIO DE HAVER COMPARAÇÕES COM A FLÁVIA EM ALGUM MOMENTO?

Não. Eu sabia que isso eu não podia controlar. Por isso, meu foco e dedicação estavam em descobrir a minha própria Carol. Hoje ela está muito viva dentro de mim. Eu me sinto com o dever cumprido, principalmente quando recebo o carinho do público. É muito gratificante!

VOCÊ CHEGOU A ACOMPANHAR A PRIMEIRA VERSÃO DA NOVELINHA?

Vi algumas vezes, mas não acompanhava. Fui uma criança que brincava muito com os amigos na rua. Onde eu morava, tinha muitas crianças e estávamos sempre inventando alguma coisa para fazer ao ar livre.

A NOVELA É BASTANTE MUSICAL, CHEIA DE CLIPES. COMO ESTÁ SENDO DANÇAR, INTERPRETAR E CANTAR? 

Essa foi a parte mais gostosa. Enfrentar os desafios, aprender coisas novas e compartilhar isso com o público é ter a sensação de dever cumprido. A cereja do bolo é que todos gostam muito da música que cantamos (eu e Guilherme Boury, o Júnior) e, nas redes sociais, vivem pedindo para que gravemos mais músicas. Inclusive, atendendo esse pedido do nosso público que é tão fiel e interativo, gravamos mais uma música hoje. Vem coisa boa por aí...

COMO É SUA RELAÇÃO COM AS CRIANÇAS DO ELENCO? A CAROL É A LÍDER DAQUELE GRUPO. VOCÊ SE DÁ BEM COM ELES?

Sim, muito! Amo todos eles! Cada um tem um jeitinho especial... Aprendo sempre com eles, observando e compartilhando essa experiência que, para nós, é como um sonho. Mantemos a magia sempre viva! São os melhores colegas que já tive, e meu olho não cansa de brilhar com essa turminha.

COMO É ESSA TROCA DE EXPERIÊNCIA COM OS PEQUENINOS?

Pode parecer piegas, mas já estamos nesse projeto há dois anos, então, somos como uma segunda família. Trocamos experiências, confidências, conselhos e broncas. Todos se ajudam e possuem um senso de coletividade muita bacana. Não podia ser melhor!

E COMO VOCÊ TEM LIDADO COM O ASSÉDIO DO PÚBLICO INFANTIL?

Não vejo como algo com que tenhamos que lidar. Vejo mais como entrega mesmo. Me entrego a esse carinho e me derreto com o público. Sempre amei crianças! Não foi à toa que, aos 9 anos, ganhei meu primeiro afilhado — hoje já tenho seis! (risos). Assim que a novela acabar, estarei tocando um projeto de uma peça infantil ao lado da Carla Fioroni e do João Acaiabe. Chama-se “Histórias para a Hora do Não”. Quem sabe, em breve, não estaremos em BH. Aguardem!

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