sábado, 26 de outubro de 2013
Crítica da notícia: SBT dá mau exemplo na novela Chiquititas
Como ensinar às crianças sobre a importância do voto nas eleições?
Durante essa semana rolou em “Chiquititas” a eleição para a nova diretora do Orfanato Raio de Luz, e os eleitores eram as próprias órfãs. Cíntia acabou levando a competição no bolso com a maioria dos votos, deixando a angelical Carol em segundo lugar (Ernestina e Carmen levariam o prêmio da Tele-sena de menos pontos). Porém, Cíntia ganhou porque comprou os votos das crianças, prometendo que encontrariam os pais delas.
Visitando diversos sites da internet, vi muitos adultos indignados com essa história de “Chiquititas”. Muitos acharam um absurdo a autora Íris Abravanel colocar crianças vendendo seus votos por promessas não válidas e por smartphones, e insistiam que isso acabava por educar negativamente as crianças.
Sinceramente, não sei como alguém pode pensar nisso. Como esses adultos queriam que fosse a história?
Sinceramente, não sei como alguém pode pensar nisso. Como esses adultos queriam que fosse a história?
Cíntia: Crianças, votem em mim! Eu vou encontrar o pai de vocês caso votem em mim!
Crianças: Não, não! Compra de votos é ilegal e imoral, não vamos compactuar com esse crime!
Crianças em casa: Mamãe, acabei de aprender que não se pode vender nosso voto.
Francamente, né? A genialidade de “Chiquititas” na parte de educação infantil está em não menosprezar o público-alvo, e além disso apresentar personagens humanas que erram. As meninas venderam o voto e se arrependeram depois, e agora sofrerão as consequências de seus atos porque Cíntia tem um plano maligno para o orfanato.
A melhor maneira de ensinar a alguém é através do exemplo negativo, do erro. Não dizem que “É errando que se aprende”? Nesse caso, “Chiquititas” faz um grande favor ao colocar as crianças errando para que aprendam o que é certo. E melhor ainda que as crianças da ficção que errem e passem a lição, e não as crianças reais que sofreriam as consequências.
Continue assim, Íris. Muitas vezes as pessoas esquecem que envelheceram e começam com discursos conservadores de “uma criança não deveria ver isso”.
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