quinta-feira, 11 de junho de 2015

“Chiquititas” completa 500 capítulos e já é a segunda novela mais longa da história. Confira curiosidades sobre a trama

A segunda versão de Chiquititas, em exibição desde julho de 2013 pelo SBT, pode ser considerada um marco na teledramaturgia brasileira. A história infantil adaptada por Íris Abravanel exibirá nesta sexta-feira (12 de junho) o episódio de número 500, firmando-se como a segunda novela mais longa em número de capítulos em toda a história da TV nacional.

O primeiro lugar é ocupado por Redenção, folhetim global protagonizado por Francisco Cuoco e Míriam Mehler e transmitido entre 1966 e 1968, em um total 596 episódios. O Machão (1974-1975), da TV Tupi, figurou por longo tempo na segunda posição, com seus 371 episódios, marca que já foi há muito superada pela novelinha do SBT.

Abaixo, você confere uma lista curiosidades sobre as duas versões da novela infantil que marcou a infância de mais de uma geração de espectadores.

FAMA INTERNACIONAL

Em 2015, Chiquititas completa 20 anos de sua primeira exibição. A novela foi ao ar pela primeira vez na Argentina, no dia 14 de agosto de 1995, e deu a volta ao mundo com a história das crianças órfãs que não desistiam de lutar pela felicidade.

A saga do Orfanato Raio de Luz ganharia mais tarde adaptações no Brasil, México, Portugal e inclusive na Romênia. Foi a primeira criação no formato de telenovela da famosa produtora argentina Cris Morena, que também produziu Rebelde, Floribella e Quase Anjos.

A VERDADEIRA RECORDISTA

A primeira versão brasileira de Chiquititas foi produzida e transmitida pelo próprio SBT, entre 1997 e 2001, e contou com 807 episódios, recorde que supera até mesmo Redenção no ranking das novelas mais longas do Brasil.

A trama, porém, não pode ser contabilizada como tal devido às características peculiares que marcaram sua trajetória, como a divisão em temporadas (cinco), as mudanças no elenco e ainda o fato de ter interrompido sua transmissão em duas ocasiões – entre janeiro e abril de 1999 e no mesmo período em 2000.

Como se sabe, nenhum desses pontos está presente no atual remake, que possui uma continuidade mais clara.
SALADA MISTA

Embora não tenha uma divisão em temporadas como as outras versões, as Chiquititas contemporâneas reúnem histórias das três primeiras fases vistas nos anos 90. Lembrando que a adaptação de Íris Abravanel se baseia não no roteiro original, de autoria das argentinas Patricia Maldonado e Delia Maunas, mas na adaptação brasileira anterior, assinada pelo teatrólogo Caio de Andrade.

PARCERIA COM OS “HERMANOS”

A atual versão é a segunda produzida com atores brasileiros, mas a primeira a ser realmente filmada em solo nacional. Na década de 1990 a novela foi quase toda filmada nos Estúdios Sonotex, localizados em Buenos Aires, capital da Argentina, com apenas algumas raras externas em São Paulo.

Para tanto, o SBT custeava moradia, alimentação e transporte para todo o elenco e inclusive para os pais das crianças, que as acompanhavam na “jornada internacional”.
ADEUS PRECOCE

Romina Yan foi a atriz que interpretou Carol (ou Belén, nome original da personagem) muito antes de Flávia Monteiro ou Manoela do Monte sonharem em encarná-la nas regravações posteriores. Ela estrelou a novela argentina entre 1995 e 1998 e chegou a reviver o papel no filme Chiquititas – Rincón de Luz (2001), que homenageava nas telonas os sete anos da novela.

Romina faleceu precocemente aos 38 anos, em 2010, vítima de uma parada cardíaca. A atriz era filha da produtora da novela, Cris Morena, que passou por um período de depressão após a perda da primogênita, e pôde ser vista no Brasil em uma participação na novela Quase Anjos, da Band.

ÓRFÃOS DUBLADOS

Além das duas versões tupiniquins, o SBT chegou a transmitir duas temporadas da Argentina dubladas em português, a saber, a sexta e a oitava da versão de lá.

Produzido em 2006, o oitavo ano era uma espécie de homenagem aos fãs da original (finalizada em 2001) e contou, inclusive, com algumas canções clássicas que integram a trilha sonora da novela de hoje.

NEM TÃO GÊMEAS ASSIM

O público de hoje conheceu a atrapalhada Ernestina (Carla Fioroni) e a maldosa Matilde (Carla Fioroni) como irmãs gêmeas – fato que também aconteceu na primeira versão do SBT, quando as duas personagens eram interpretadas por Magali Biff.

Entretanto, na original argentina, a coisa era bem diferente. Matilde e Ernestina foram vividas por duas atrizes diferentes – Susana Ortiz e Gladys Fiorimont – e não tinham qualquer parentesco. Aliás, nem chegavam a contracenar. Curioso, não?
DAS ANTIGAS

Gésio Amadeu, que interpretou o cozinheiro Chico na nossa primeira Chiquititas, foi convidado pelo SBT para repetir o papel no remake atual. Como possuía contrato com a Globo, o ator não pôde aceitar, mas indicou o amigo João Acaibe para a vaga – sugestão prontamente acatada.

DANÇA DAS CADEIRAS

Flávia Monteiro marcou a geração “noventeira” na pele da doce Carolina, diretora do Orfanato Raio de Luz. O que muitos não sabem é que ela não foi a primeira opção para o papel. A produção havia escolhido inicialmente a atriz Suzy Rêgo, a Beatriz de Império, mas depois voltou atrás e a trocou por Flávia.

Alguns anos depois, Suzy “iria à forra” com o SBT ao ser escalada para protagonizar o folhetim Amor e Ódio (2002), em um papel antes destinado a Patrícia de Sabrit.

MILI, A FILHA PRÓDIGA

A versão argentina de Chiquititas contou com uma surpresa em sua sétima e última temporada: a volta de Mili (Agustina Cherri), desta vez como protagonista adulta. Ela era uma espécie de zeladora do bem que ajudava as novas crianças do orfanato a driblar o cerco de uma diretora malvada.

Como a versão brasileira só chegou até o quinto ano, por aqui essa história não chegou a acontecer – embora, aliás, nem fosse possível, já que Fernanda Souza foi imediatamente contratada pela Globo logo após sua saída da novela, em 1998…

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