sábado, 11 de abril de 2015

“A arte serve para expandir e transpor algumas barreiras”, declara Homero Ligere

Homero Ligere, 33, colhe nas ruas o carinho dos fãs por viver o barista Francis na segunda versão de “Chiquititas”. Paulistano, o ator já integrou o elenco de produções como “Revelação”, “Cristal”, “Corações Feridos”, “Carrossel” e “Cidadão Brasileiro” pelo SBT e Record, respectivamente.

Além disso, participou de filmes publicitários e oito curtas metragens, entre eles, “Histórias da Gaveta”, que mostra a relação conflituosa entre dois irmãos que será lançado em breve.

Confira a entrevista concedida com exclusividade ao RD1:

RD1 – Como foi o laboratório para interpretar o Francis?

Homero Ligere - Ele é um barista, responsável por preparar diversas bebidas baseadas em café. Quando eu soube da função que o meu personagem ia exercer, fui pesquisar o dia a dia de um verdadeiro barista e pude presenciar e praticar como eram feitos os cafés. Isso me ajudou muito na hora da composição do meu personagem.

RD1 – Gosta de cozinhar?

Homero Ligere - Adoro cozinhar! Para mim é uma distração. Claro que não sei fazer pratos requintados, mas me viro muito bem na cozinha.

RD1 – Assistiu à primeira versão da novela?

Homero Ligere -  Não cheguei a acompanhar a primeira versão.

RD1 – O que aprendeu com as crianças de “Chiquititas?

Homero Ligere - Gravei pouco com as crianças porque éramos de núcleos diferentes. É uma pena! Mas, quando existia a oportunidade, era sempre muito bom dividir a cena com eles. Por mais que fossem crianças percebia a entrega, disponibilidade e seriedade na hora do trabalho. O resultado disso é o sucesso que a novela está fazendo.

RD1 – Como é a sua relação com os fãs?

Homero Ligere - É gratificante perceber que apenas um sorriso ou uma mensagem seja tão importante para as pessoas, por isso, faço questão de atender a todos com o maior carinho. Semana passada estava em um restaurante japonês e, na mesa ao lado, estava uma senhora e, provavelmente, sua filha. Eu já tinha terminado de comer e elas estavam finalizando. Quando ela levantou para ir embora, me disse: “Licença, é que eu adoro a novela, seu personagem e assisto todos os dias. Me conta, vai… Com quem o Francis vai ficar?” (risos). Enfim, batemos um papo e caímos na risada. Outra vez, estava no metrô e uma mulher me olhou de repente, mas não acreditou que era eu. Não se contentando, olhou pela segunda vez e me perguntou “Você faz Chiquitas, né? Eu assisto todos os dias com minha filha”. (risos)

RD1 – No seu novo trabalho, “Histórias da Gaveta”, teremos a oportunidade de conhecer conflitos familiares, em especial, a relação que seu irmão mantém com outros homens e a forma como ele convive com o seu personagem. O quanto a arte pode contribuir para a discussão e esclarecimento de um tema polêmico e importante em nossa sociedade?

Homero Ligere - Acredito cada vez mais na importância e no papel que a arte pode exercer na vida das pessoas. Tanto o teatro, como a TV e o cinema têm essa função, que é a de transmitir e apontar assuntos de diversos temas que, muitas vezes, ajudam a esclarecer ou a enxergar situações com outro ponto de vista, expandindo sua opinião e não se limitando apenas ao conservadorismo imposto. A arte serve para expandir e transpor algumas barreiras.

RD1 – O seu personagem é um colecionador de mulheres – fato aceito pela sociedade. Atualmente, “Babilônia” mostra uma mulher que tem uma vida sexual bastante ativa, mas que é rejeitada pelo público. Fale um pouco das pesquisas que realizou para o papel no curta:

Homero Ligere - Quando soube do teste, fiquei muito motivado pelo tema abordado e sabia que seria um grande desafio. Nunca tinha trabalhado com o Rodrigo! Nos conhecemos na primeira leitura e, como precisávamos construir essa relação de irmãos, partimos do princípio que tínhamos que criar laços e, a partir daí, começamos a fazer alguns laboratórios que nos colocassem em situações que íamos viver em cena. Além de pesquisas, tentamos construir a vida dos personagens antes do filme. Isso, sem dúvida, nos ajudou bastante e nos deu um norteamento para que nossa relação, como irmãos, fosse verdadeira no set de filmagem.

RD1 – Quais seus próximos projetos?

Homero Ligere - O lançamento do curta e alguns projetos ainda em fase de elaboração.

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