Chiquititas dá lição aos canais que desprezam as crianças
Enquanto a
maioria das emissoras de sinal aberto optou por ignorar o telespectador
infantil, o SBT comemora os ótimos resultados de Chiquititas.
A trama
escrita pela equipe da novelista Iris Abravanel, mulher de Silvio
Santos, chegou ontem (sexta, dia 23) ao capítulo 400. A média geral de
ibope desde a estreia, em julho de 2013, é de 13 pontos.
Um número
bastante positivo para uma atração que concorre minuto a minuto com o
Jornal Nacional, telejornal de maior audiência e tradição do país.
Chiquititas
registra frequentemente a metade do ibope do JN, e o dobro da audiência
do principal produto da teledramaturgia da Record, a novela Vitória.
Não fica muito atrás da novela das 18h da Globo, Boogie Oogie, que oscila entre 15 e 17 de média.
Além de
garantir com folga a vice-liderança em sua faixa de horário ao SBT, a
produção infantil gera faturamento milionário com mais de 300 produtos
licenciados, produzidos em parceria com 42 empresas.
O único
aspecto desfavorável de Chiquititas é que não gerou uma repercussão
expressiva, como aconteceu com a primeira versão da novela feita pelo
SBT, entre 1997 e 2001.
Mas é necessário considerar que o telespectador infantil daquela época vivia quase em outro mundo.
Não havia
acesso fácil a computador pessoal nem internet. Os canais pagos
especializados em programação para crianças ainda não tinham tanta
força. Redes sociais populares seriam criadas apenas anos depois.
Então é
admirável que, mesmo com tanta concorrência, a atual Chiquititas consiga
atrair todas as noites cerca de 2,5 milhões de telespectadores somente
na Grande São Paulo, de acordo com o método de cálculo do Ibope.
Ainda sem
data para acabar, a novela dos órfãos será substituída pela versão
brasileira da trama mexicana Cúmplices de um Resgate.
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