segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Chiquititas dá lição aos canais que desprezam as crianças

Enquanto a maioria das emissoras de sinal aberto optou por ignorar o telespectador infantil, o SBT comemora os ótimos resultados de Chiquititas.

A trama escrita pela equipe da novelista Iris Abravanel, mulher de Silvio Santos, chegou ontem (sexta, dia 23) ao capítulo 400. A média geral de ibope desde a estreia, em julho de 2013, é de 13 pontos.

Um número bastante positivo para uma atração que concorre minuto a minuto com o Jornal Nacional, telejornal de maior audiência e tradição do país.

Chiquititas registra frequentemente a metade do ibope do JN, e o dobro da audiência do principal produto da teledramaturgia da Record, a novela Vitória.

Não fica muito atrás da novela das 18h da Globo, Boogie Oogie, que oscila entre 15 e 17 de média. 

Além de garantir com folga a vice-liderança em sua faixa de horário ao SBT, a produção infantil gera faturamento milionário com mais de 300 produtos licenciados, produzidos em parceria com 42 empresas.

O único aspecto desfavorável de Chiquititas é que não gerou uma repercussão expressiva, como aconteceu com a primeira versão da novela feita pelo SBT, entre 1997 e 2001.

Mas é necessário considerar que o telespectador infantil daquela época vivia quase em outro mundo.

Não havia acesso fácil a computador pessoal nem internet. Os canais pagos especializados em programação para crianças ainda não tinham tanta força. Redes sociais populares seriam criadas apenas anos depois.

Então é admirável que, mesmo com tanta concorrência, a atual Chiquititas consiga atrair todas as noites cerca de 2,5 milhões de telespectadores somente na Grande São Paulo, de acordo com o método de cálculo do Ibope.

Ainda sem data para acabar, a novela dos órfãos será substituída pela versão brasileira da trama mexicana Cúmplices de um Resgate.

É outro produto com cheiro de sucesso.

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