Hoje é um dia muito especial para as crianças órfãs de “Chiquititas”. É o dia que elas serão adotadas por adultos que as repreenderão se rolar um número musical em cima de suas mesas de centro? Claro que não, o motivo é outro: a novela de Íris Abravanel chega aos 400 capítulos. Sabe o que é isso? É quase duas vezes a duração de “Amor à Vida”, a última novela insuportavelmente longa que vimos na televisão brasileira (“Geração Brasil” só parecia longa, mas durou rapidinho.
Claro, você pode me falar “grande coisa, a versão original feita pelo SBT teve o dobro de capítulos”, mas vamos lembrar de algo muito importante: a versão da década de 90 funcionava na base de temporadas, com férias no começo do ano, e chegou ao final com apenas 3 atores do começo da trama. Já a atual versão chega aos 400 mantendo praticamente todo o elenco do primeiro capítulo, um feito a ser comemorado.
O truque do SBT é produzir a novela com muito planejamento e adiantamento, além de dar a sorte de contar uma história que pode ser espichada à vontade acrescentando novos personagens, algo que era meio inviável em “Carrossel”.
Com “Cúmplices de um Resgate” vindo aí no meio do ano para suceder a vaga de novela infantil do SBT.