terça-feira, 24 de março de 2015

Entrevista: Giovanna Gold Conheça um pouco sobre a vilã das Chiquititas

(BDCi) — Giovanna Gold Farb Padilha Sodré, nasceu em Salvador na Bahia, mas  decidiu  deixar sua terra natal e  viver na cidade de São Paulo para se dedicar a carreira artística.  No auge dos seus 50 anos, ela mantém um corpo invejável, onde diz que veste o mesmo manequim de 20 anos atrás. Bonita, simpática e sorridente, nem de longe lembra a sua personagem Carmen, da novela CHIQUITITAS (SBT), uma mulher rica, ambiciosa e maquiavélica, que gasta seu tempo para atormentar a vida das crianças do orfanato e não poupa nem mesmo sua própria família das suas maldades.

Vamos conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Giovanna e saber o segredo da sua jovialidade.

Giovanna, geralmente a primeira experiência de um artista, acontece em participações teatrais na fase escolar. Com você foi assim?
Sim. A primeira peça que me lembro, foi “A revolta dos brinquedos” na escola e repeti na colonia de férias porque conhecia a história, Tinha 7 anos…

Qual foi o seu primeiro trabalho profissional?
Em TV “Quem ama não mata”(Globo), onde fiz a personagem Renatinha, dirigida pelo Daniel Filho.

Na novela Pantanal (TV Manchete), onde fez a Zefa, você esperava que seu personagem tivesse um destaque tão grande?
Sim. Sempre fui dedicada ao meu trabalho, o retorno é consequência. Havia trabalhado com Antunes Filho em “A hora e a vez de Augusto Matraga” e a direção dele me preparou para personagens de habitat não cosmopolita. Fizemos laboratório de anti-gesto e voz de “lavadeira”, por isso sabia que tinha um trunfo na mão.

Que outros trabalhos fez na TV?
Um que gosto muito foi “Floradas na Serra” da TV Manchete, dirigido pelo Nilton Travesso. Era muito divertido estar em Campos do Jordão com aquela turma. Tive a sorte de fazer a Alzira em Mulheres de Areia entre outros.

E cinema?
Meu filme do coração é “Mil e uma” de Susana Moraes, Foi o único filme praticamente de uma geração, a era Collor. Adoro “Baile perfumado” também!

Você ficou muitos anos afastada da TV. Qual foi o último trabalho antes de dar um tempo na carreira?
A novela “Por amor” (Globo) em 1997. Fiz o “Show do Tom” (Record) de 2006 a 2011.

É verdade que abandonou tudo para se casar com um diplomata e viver no exterior?
Estava junto com ele, era essa a minha prioridade. Vou aonde a vida me é mais fértil, e ele precisou voltar para seu país de origem. Foi uma escolha natural.

Como foi esse período que ficou afastada?
Curioso. Passava “Mulheres de areia” lá. Eu tinha meu show de performances “Gold Show” e eles riam em momentos surpreendentes, era outro humor. É bom vivenciar outras culturas, gosto de me sentir cidadã do mundo, falar outras línguas, as vezes a vida é isso.

Os anos tem sido generosos para você, qual o segredo de manter essa jovialidade e o corpo escultural? É adepta de dietas?
Obrigada pelo elogio. Compreendo o trabalho do ator como físico, meu corpo é meu material de trabalho. Preciso manter a máquina funcionando mesmo sem contrato. Busco uma verticalidade da coluna e não acredito que envelhecer seja deteriorar, e sim prosperar, usar a lei da gravidade a seu favor. Não tem segredo, nada que uma revista feminina não fale: água, exercício, sono, poucos excessos. A minha alimentação é controlada pela minha alergia. Evito farinha, açúcar e leite para não criar muco e espirrar. Simples assim.

É muito vaidosa?
Da minha personalidade, talvez.

Além de atriz, é bailarina e professora de yoga. Com a correria das gravações tem tempo para se dedicar ao balé e yoga?
Impossível! Fiquei 7 meses sem rotina  de atividade física. Ou decorava, ou malhava. Voltei este mês para o Ballet Stagium, onde sou aluna na turma de profissionais. Não me considero bailarina, e sim uma atriz apta a dançar. Uma das coisas boas de ter um cachorrinho é ter que andar com ele. Então, juntei o útil ao agradável, ia dar a volta no lago do Ibirapuera com ele, enquanto decorava o texto no celular.

Chiquititas está chegando na reta final, pretende descansar ou tem algum projeto a vista?
Descansar, resolver problemas de ordem pessoal e exibir o documentário “tchau…tchau…” nas escolas, para os fãs da novela.

Qual a experiência que vai ficar, desse longo período onde deu vida ao personagem Carmen?
Ternura absoluta pelos meus colegas que vi crescer. Alguns entraram uns bebes e se tornaram  mulherões e rapazes de bigodinho…!Tive uma posição privilegiada nessa história.

Como é a reação do público quando te reconhece? Afinal, a Carmen desperta uma certa antipatia por todas as maldade praticadas em cena.
As crianças sim, algumas choram. Mas a maioria adora a Carmen! Ela é ótima! Acontece cada uma com ela!

Gostaria que nos falasse sobre o documentário dos bastidores das Chiquititas que está preparando…
A proposta do vídeo “tchau…tchau…” nasceu da necessidade de administrar minhas emoções ao final deste projeto tão prazeroso. Como artista pop, o assunto me é muito tocante, por isso resolvi  registrar a experiência. Gosto de bastidores, da ideia de 250 pessoas trabalharem atrás da imagem dos atores, desconhecidos do público e Chiquititas é tão lindo! O objeto tomou vida e o vídeo está querendo ser visto, onde pretendo levá-lo as escolas e incluir no projeto, diálogo com a audiência. Não é uma obra para circular nas redes sociais.

Terminamos por aqui… obrigada Giovanna.
De nada, às ordens.

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