quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Entrevista: Pedro Lemos, destaque na novela Chiquititas, conversa sobre o sucesso da trama infanto-juvenil
É inegável o sucesso que a nova versão da novela infanto-juvenil Chiquititas vem fazendo na telinha do SBT. Além das crianças que integram e vivem no Orfanato Raio de Luz, a trama também traz um elenco de adultos que conquistou o público, como o romântico e engraçado Tobias, personagem vivido pelo ator Pedro Lemos.
Em seu segundo trabalho na emissora de Silvio Santos, onde participou no ano de 2011 da novela Amor e Revolução, interpretando o polêmico Padre Inácio, Pedro acredita que tudo o que acontece na vida de Tobias é movido pelo imenso amor que sente por Maria Cecília, interpretada pela atriz Lisandra Parede, sua namorada na vida real.
Ainda como composição do personagem, o artista teve que soltar a voz e cantar duas músicas que integram a trilha sonora original da trama do SBT, sendo elas "A festa ainda pode ser bonita" e "Delicinha", gravadas originalmente por Tobias enquanto estava vestido de Tomás Ferraz, o falso português criado para que ele fosse aceito por Eduarda (Virginia Nowicki), mãe de Maria Cecília.
Confira logo abaixo esse incrível e delicioso bate-papo!
Atualmente você está no ar interpretando o personagem Tobias, na novela Chiquititas, do SBT. Como está sendo essa experiência?
PL: Fantástica! Adoro a novela, o elenco e o personagem.
Como você descreveria o Tobias? Existe alguma qualidade ou defeito incomum entre vocês?
PL: Tobias é um apaixonado. Tudo o que acontece na vida dele passa pela paixão que ele sente pela Maria Cecília, interpretada pela Lisandra Parede. Na vida real, Lisandra e eu somos namorados, o que faz com que, na novela, a gente empreste um pouco de nossas experiências pros personagens.
O Tobias, que já foi o português Tomás Ferraz, cantou durante um tempo na trama. Você já tinha cantado antes? Gostou de emprestar a voz para a trilha sonora da novela?
PL: Eu sou músico amador. Toco vários instrumentos e gosto de cantar, fazer segunda voz. Coisas que herdei do meu pai. Então, foi uma delícia poder misturar música e atuação.
Apesar do seu personagem não interagir diretamente com as crianças da novela, acredito que o público infantil deve gostar muito do Tobias. Costuma ter contato com os seus pequenos fãs?
PL: Eu adoro criança. Tenho um filho de 6 anos que é tudo pra mim. Fico muito emocionado quando sou abordado por crianças. Consigo ver a sinceridade nos olhos delas e paro o que estiver fazendo pra dar atenção. Lembrando que quando eu era criança, era muito frustrante não poder ter o carinhos dos ídolos e isso é algo que não quero fazer com ninguém, dentro do possível.
O amor de Tobias e Maria Cecília ultrapassou a ficção e ganhou roteiros de vida real. Como foi esse encontro de vocês dois?
PL: Lis e eu sempre fomos muito amigos. Temos muito em comum. Nos conhecemos em 2005 no processo de oficina de atores da Globo e, desde então, adorávamos estar juntos. Muita afinidade! Quando descobrimos que faríamos par romântico em Chiquititas a alegria foi grande. Inevitavelmente acabamos nos apaixonando durante o trabalho.
Antes de Chiquititas, você fez o polêmico Padre Inácio, na novela Amor e Revolução, também no SBT. Na trama o seu personagem optou por largar a batina e assumir a mulher e os filhos. Em algum momento sentiu alguma crítica do público por essa decisão do Inácio?
PL: Não. Inácio foi bem aceito, pois, era um homem de bem. Quando se apaixonou, foi um sentimento sincero, que ele acreditava ser também obra de Deus e, por ser um defensor dos que lutavam pela democracia, acho que foi visto pelo público como um homem em conflito, porém com as melhores intenções.
Que tipo de personagem você sonha ainda interpretar?
PL: Um vilão.
Já participou de peças de teatro?
PL: Sim, minha formação é teatral, pelo Célia Helena. Antes de Chiquititas, estava trabalhando com a Fraternal Cia. de Artes e Malas-Artes, dirigida pelo Ednaldo Freire, levando a obra do Luis Alberto de Abreu para a periferia.
Atualmente você tem algum projeto paralelo a novela?
PL: Estou no processo de criação de uma peça para o público infanto-juvenil, que aborda questões primordiais pra despertar o espírito do auto-conhecimento e da não-violência.
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