domingo, 10 de agosto de 2014

Série da criadora de “Chiquititas” termina com baixo Ibope na Argentina

Se no Brasil Chiquititas vem rendendo ótimos índices de audiência para o SBT, na Argentina há quem diga que sua criadora, Cris Morena, não é mais a mesma. A produtora acaba de encerrar a transmissão de Aliados, série semanal de temática espírita que penou bastante no quesito Ibope.

O episódio final de Aliados foi ao ar neste domingo (3) pela Telefe e rendeu média geral de 7 pontos, contra 9 pontos do manjadíssimo filme Ghost – Do Outro Lado da Vida (1990), exibido pelo concorrente El Trece – e que, curiosamente, trata de um tema parecido.

Aliados representou a volta de Cris Morena à mídia após dois anos de ausência, tomados pela produtora para se recuperar da morte de sua filha, Romina Yan (que protagonizou a versão original de Chiquititas na Argentina). Pela primeira vez, ela decidiu produzir uma série semanal ao invés de uma telenovela diária, mas mantendo seu público-alvo tradicional: os adolescentes.

A trama se passava em um mundo apocalíptico em que um grupo de humanos decadentes, como Noah (Juan Pedro Lanzani), Azul (Oriana Sabatini) e Franco (Julián Serrano), recebem a ajuda de “seres de luz” vindos de outros planetas para mudarem suas vidas. A primeira temporada, exibida em 2013, contou com 23 episódios e uma média final de 10 pontos no Ibope, razoável para os padrões da Telefe.

O maior problema surgiu, porém, com a segunda temporada de Aliados, que estreou em abril deste ano e teve 17 episódios no total. A nova leva de episódios não conseguiu segurar os números do ano anterior e chegou ao fim com a vergonhosa média geral de 6 pontos.

A versão teatral do seriado também decepcionou. Aliados – El Musical ganhou em julho os palcos do Teatro Gran Rex, um dos mais importantes de Buenos Aires, mas não teve o retorno de público almejado pela produção e, segundo boatos, corre o risco de sair de cartaz algumas semanas antes do previsto.

Cris Morena é uma das mais conhecidas produtoras de TV para crianças e adolescentes. Suas novelas Chiquititas (1995-2001), Rebelde Way (2002) e Floricienta (2004) foram sucesso em todo o mundo e ganharam até mesmo regravações no Brasil – além das duas versões de Chiquititas no SBT, a Record produziu Rebelde (2011) e a Band gerou Floribella (2005). Um de seus últimos trabalhos foi Quase Anjos, folhetim juvenil considerado vanguardista e que foi parcialmente exibido pela Band, dublado em português, entre os anos de 2010 e 2011.

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