domingo, 24 de agosto de 2014

Ator de “Chiquititas” perde 12 quilos em dois meses para ter mais saúde e disposição

Nas ruas, já se nota algo diferente em Filipe Cavalcante, o Rafa de “Chiquititas”. Com 12 quilos a menos, que fizeram a balança passar de 109kg para 97kg, e dois centímetros a mais de altura (de 1,76m para 1,78m), o ator de 14 anos vem colhendo os frutos de uma dieta iniciada há dois meses. Famoso e querido pela garotada, o astro mirim agora tem tudo para se tornar um exemplo para crianças e adolescentes que, assim como ele, lutam contra a obesidade: dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 15% da população entre 5 e 9 anos sofrem da doença.

— Além da motivação estética, quero ser mais saudável e ter mais disposição — conta Filipe, que sempre foi gordinho: — Já tinha feito dieta, mas não estava com tanta vontade de emagrecer. Agora, na adolescência, acho que estou mais vaidoso e empenhado.

Segundo a nutróloga Liliane Oppermann, médica do ator, o maior erro que ele cometia era comer muito e poucas vezes ao dia. Com a reeducação alimentar, Filipe passou a ingerir porções menores em refeições fracionadas. Além disso, arrumou uma brecha na rotina ocupada com a escola e as gravações para praticar muay thai duas vezes por semana.
— Há pais que acham que a criança pode deixar para emagrecer quando crescer, mas tratar a obesidade na fase adulta é mais traumático. Na infância e na adolescência, a pessoa tem a favor dela o crescimento — diz Liliane, que fez uma participação em “Chiquititas” como uma médica que ajuda Rafa a perder peso.

Apoio é indispensável

Na semana passada, o figurino que Filipe usa na novela foi apertado pela primeira vez. Prova do sucesso da dieta, que exigiu a mudança dos hábitos alimentares de toda a família. Sem apoio e, principalmente, exemplo dos pais, é muito difícil que uma criança emagreça.
— Até o pai dele já perdeu uns quilinhos — conta a mãe do ator, a advogada Claudia Cavalcante, de 39 anos.

Embora o adolescente não tenha sofrido alterações alarmantes nas taxas de colesterol e glicose, por exemplo, a obesidade infantojuvenil pode levar ao desenvolvimento precoce de doenças como hipertensão e diabetes, além de alterações ortopédicas e problemas com a autoimagem.

Filipe sempre se aceitou gordinho e nunca foi excluído na escola, o que não é regra entre crianças acima do peso. De acordo com a psicóloga e terapeuta cognitivo-comportamental Priscila Tenenbaum, aquelas que sofrem bullying devem fazer psicoterapia para fortalecer a confiança e a assertividade. Mas os pais devem encarar o problema como um alerta de que também é preciso buscar ajudar médica para o filho emagrecer.

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