quarta-feira, 4 de junho de 2014
Geração Brasil perde para Chiquititas e Rebelde nas redes sociais
Um reality show dentro de uma novela. À primeira vista parece uma solução moderninha para renovar o velho formato. Na prática, apenas empobrece o gênero. A competição que envolve alguns personagens de Geração Brasil, na disputa pela sucessão de Jonas Marra em sua companhia de tecnologia, lembra o Big Brother (muitas câmeras a vigiar os participantes) e o No Limite (provas físicas no ambiente inóspito de uma ilha).
Mas não é uma coisa nem outra — e tampouco se revela interessante como trama de novela. A prova do equívoco está na audiência dos primeiros 25 capítulos: tão baixa quanto a da antecessora, Além do Horizonte.
Uma disputa entre personagens do núcleo de jovens gênios da informática poderia atrair o tão valorizado público entre 18 e 24 anos, que não costuma assistir à TV. Por enquanto isso não aconteceu. A constatação não se baseia somente na média de ibope estagnada em 20 pontos (o ideal seria 25). O diagnóstico também tem origem na pálida repercussão da trama nas redes sociais.
De acordo com o mais recente ranking da TV Square, plataforma de rede sociais focada na experiência da segunda tela (o hábito de acompanhar a programação da TV enquanto se usa computador, tablet ou smartphone), entre 27 de maio e 2 de junho Geração Brasil não ficou sequer entre os dez programas mais comentados nas redes sociais. No levantamento incluindo exclusivamente novelas, a trama ocupou apenas o quinto lugar, atrás de Em Família, Caras & Bocas (reprise do Vale a Pena Ver de Novo), Chiquititas e Rebelde (outra reprise).
Hoje, o sucesso de um programa é medido também pela quantidade de tweets e posts sobre o conteúdo exibido. Geração Brasil não tem conseguido essa mobilização virtual. O telespectador-internauta, que ganhou status a partir de 2012 ao agitar Twitter e Facebook durante a exibição de Avenida Brasil, não se conectou com a arrastada cyber-trama. Do outro lado está o noveleiro tradicional, quase sempre resistente às ousadias em teledramaturgia. Para ele, uma novela recheada de termos e ações ligados à tecnologia pode ser confusa — ou simplesmente chata.
A Globo deverá promover mudanças em Geração Brasil no início de agosto. A expectativa é de que haja menos papo nerd e mais romance, menos expressões em inglês (alguns personagens falam com sotaque americanizado) e mais humor popular. Apesar de vivermos na era da revolução tecnológica, o público ainda não aceita um upgrade radical no formato das novelas. Ainda não dá para reinventar a roda da teledramaturgia.
Mas não é uma coisa nem outra — e tampouco se revela interessante como trama de novela. A prova do equívoco está na audiência dos primeiros 25 capítulos: tão baixa quanto a da antecessora, Além do Horizonte.
Uma disputa entre personagens do núcleo de jovens gênios da informática poderia atrair o tão valorizado público entre 18 e 24 anos, que não costuma assistir à TV. Por enquanto isso não aconteceu. A constatação não se baseia somente na média de ibope estagnada em 20 pontos (o ideal seria 25). O diagnóstico também tem origem na pálida repercussão da trama nas redes sociais.
De acordo com o mais recente ranking da TV Square, plataforma de rede sociais focada na experiência da segunda tela (o hábito de acompanhar a programação da TV enquanto se usa computador, tablet ou smartphone), entre 27 de maio e 2 de junho Geração Brasil não ficou sequer entre os dez programas mais comentados nas redes sociais. No levantamento incluindo exclusivamente novelas, a trama ocupou apenas o quinto lugar, atrás de Em Família, Caras & Bocas (reprise do Vale a Pena Ver de Novo), Chiquititas e Rebelde (outra reprise).
Hoje, o sucesso de um programa é medido também pela quantidade de tweets e posts sobre o conteúdo exibido. Geração Brasil não tem conseguido essa mobilização virtual. O telespectador-internauta, que ganhou status a partir de 2012 ao agitar Twitter e Facebook durante a exibição de Avenida Brasil, não se conectou com a arrastada cyber-trama. Do outro lado está o noveleiro tradicional, quase sempre resistente às ousadias em teledramaturgia. Para ele, uma novela recheada de termos e ações ligados à tecnologia pode ser confusa — ou simplesmente chata.
A Globo deverá promover mudanças em Geração Brasil no início de agosto. A expectativa é de que haja menos papo nerd e mais romance, menos expressões em inglês (alguns personagens falam com sotaque americanizado) e mais humor popular. Apesar de vivermos na era da revolução tecnológica, o público ainda não aceita um upgrade radical no formato das novelas. Ainda não dá para reinventar a roda da teledramaturgia.
Comente com o Facebook: