terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
O encanto de “Tia Carol”
Até o ano passado, a atriz Flávia Monteiro, era apontada como a eterna Tia Carol, da primeira versão de “Chiquititas”, que foi ao ar há 12 anos. Agora, o tempo mostrou que havia substituta para ela. No remake do SBT, a diretora do orfanato onde se passa a história está a cargo de Manuela do Monte.
Se Chiquititas foi responsável por lançar vários atores, como Fernanda Souza, Bruno Gagliasso, Débora Falabella, Sthefany Britto e Carla Diaz, nesta versão também há lugar para jovens talentos, mas o papel da diretora coube a uma atriz com vários trabalhos e um bom retrospecto. Manuela foi protagonista de temporada 2003 de “Malhação”, já fez “Paraíso”, “Insensato Coração”, “Escrito Nas Estrelas”, “A Casa das Sete Mulheres” e “JK”.
E neste remake que está no ar desde julho do ano passado, Manuela do Monte não fica a dever à série anterior e encanta os telespectadores infanto-juvenis e seus pais e avós. Está sempre às voltas com seus “aluninhos”, como se costuma chamar na verdade os órfãos moradores do Raio de Luz, nome da instituição.
Se não está às voltas com um futuro pretendente, Carol está sempre na disputa do amor das crianças. Por exemplo: o começo do mês trouxe a briguenta Dani (Carolina Chamberlain) chantageando a protagonista Maria (Sophia Valverde). Em troca da boneca Laura, Dani, enciumada, exige que Maria se afaste de Carol.
Claro que sem sucesso. A menina prefere a diretora e a maldadezinha não dá certo porque Dani ficará sozinha, sem amigos. É assim que a novela funcionava e funciona de novo: com bons exemplos. “A Carol faz sucesso na família inteira. Todos amam essa mulher que está sempre pronta para ajudar qualquer pessoa, sem temer as adversidades e infortúnios. Ela também sempre traz na manga uma boa ideia e uma palavra de carinho ou estímulo para quem precisar. Percebo que há pessoas de todas as idades que assistem à novela e gostam da personagem.”, diz Manuela do Monte, a intérprete.
Em entrevista exclusiva ao JC, Manuela do Monte fala do seu momento Chiquititas:
JC - Como encara as gravações e seus pequenos?
Manuela - Encaro as gravações com muita alegria e leveza. Assim é a novela e também nosso público. Meu convívio com a criançada é muito produtivo e agradável. Sempre gostei de crianças e estou amando poder ficar perto delas, quero essa meninada toda para sempre na minha vida!
JC - Como são as gravações e o esquema lá no SBT, o clima, é família, é escola?
Manuela - O clima nas gravações é muito agradável, estamos sempre prontos para ajudarmos uns aos outros dentro e fora de cena.
JC - Já conversou ou conversa com a Iris Abravanel, a autora?
Manuela - Estive com a Iris em dois momentos: um dia, durante as gravações; e depois, na coletiva de imprensa que lançou a novela, mas não pudemos conversar muito. Também tive a oportunidade de conversar com seus colaboradores e estão todos satisfeitos com as cenas e com os resultados de “Chiquititas”.
JC - Tem algum caso divertido para contar?
Manuela - Eu costumo dar nota para os lanches das crianças para estimulá-las a uma alimentação saudável. E pego no pé de quem bebe muito refrigerante ou come besteiras. Já flagrei uma pequena escondendo a guloseima quando me viu chegar. Eu me divirto com isso.
‘Nada fica para trás’
Manuela do Monte ainda não é casada e nem tem filhos, usa manequim P, sempre entre 36 e 38, e tem uma preocupação muito grande em manter uma vida e alimentação saudáveis. “Esse processo só traz boas consequências para nosso corpo e mente”, sentencia. Ela própria resume seu momento e sua carreira:
A origem em Santa Maria
“Eu nasci em Santa Maria, cidade gaúcha que, infelizmente, está famosa pela tragédia da Boate Kiss. Meu interesse pelo teatro começou na escola e eu nem pensava em ser atriz. Apenas queria a vivência do teatro. Logo o teatro na escola não bastou para mim e fui atrás de outro curso, o Emaet - Escola Municipal de Artes Eduardo Trevisan. Lá tive meu primeiro grupo de teatro e comecei a entender o que é ser atriz. Ainda em Santa Maria, participei de um filme, Manhã Transfigurada, que me rendeu uma personagem na minissérie “A Casa das Sete Mulheres”, dirigida por Jayme Monjardim, na Rede Globo.”
Na Globo por dez anos
“Outros trabalhos surgiram a partir da “casa” e acabei ficando no Rio por dez anos. Lá me formei em teatro, participei de grupos e fiz muitos amigos.”
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