domingo, 21 de julho de 2013

Sucesso nos anos 1990, 'Chiquititas' volta à TV mais colorida, mas com mesmos dramas

Heloísa, Gabriela e Bruna assitem ao 1º capítulo de "Chiquititas"
Elas voltaram. Há uma semana, as meninas do orfanato Raio de Luz brincam, choram, brigam, remexem e aprontam na nova versão de "Chiquititas", exibida no SBT de segunda a sexta-feira, às 20h30.

Adaptada pela mulher de Silvio Santos, Íris Abravanel, a novela reconta a história das órfãs que fizeram sucesso em 1997, quando a trama foi ao ar no Brasil pela primeira vez (durou até 2001).

Boa parte do público infantil não chegou a conhecer as chiquititas da década de 1990. É o caso das amigas Bruna Muro, Heloísa Sartor Dau e Gabriela Takeushi, que têm 12 anos. Curiosas, as três se reuniram para assistir e trocar impressões sobre o primeiro capítulo da sucessora do remake de "Carrossel", também escrito por Íris. 

"Acho que vou gostar bastante da novela, pois mostra a amizade das meninas. Elas se consideram irmãs", diz Gabriela. "Uma protege a outra", completa Heloísa. "É uma história diferente, em um orfanato, coisa que as crianças não estão acostumadas a ver", opina Bruna. 

As garotas usaram o YouTube para saber como eram as chiquititas de 1997, mas preferiram as da nova geração: "São mais alegres e coloridas agora", concordam.

IGUAL, MAS NEM TANTO

Em 1997, quando a novela foi exibida no Brasil pela primeira vez, todas as filmagens eram realizadas em Buenos Aires, na Argentina. O elenco, formado por atores brasileiros, tiveram que morar lá durante as gravações. 

A versão atual de "Chiquititas" é filmada em uma cidade cenográfica construída no SBT e em algumas locações externas. O elenco mirim precisa conciliar os estudos com seis horas de gravações diárias, que sempre acontecem na parte da tarde.

Fonte: F5 - Folha de São Paulo Online

Jorge Brasil elege lista de "curti" e o "não curti" da primeira semana de Chiquititas; veja a lista

A máxima de que criança adora cor, muita cor, é levada ao pé da letra por Chiquititas. O remake da trama de imenso sucesso dos anos 1990, no mesmo SBT, estreou na segunda (dia 15) com cenários, objetos cenógrafos e figurinos nos tons mais berrantes possíveis, acentuando a estrutura fantasiosa da adaptação. Esse “estilo arco-Íris Abravanel” (não resisti ao trocadilho infame) eleva também à potência máxima a cartilha bem sucedida de Carrossel, que a emissora mantém no ar até o dia 25: trama altamente infantil, mas com um pé fortíssimo no dramalhão. Se em Carrossel existia o preconceito racial, social, econômico e contra os gordos, Chiquititas fala sobre o abandono e a inveja, mostra a realidade das crianças de rua e investe em traumas de natureza emocional. O cardápio dramatúrgico, então, continua destinado às crianças, mas com atrativos também para os pais. E as generosas doses de romance certamente atrairão o público intermediário. Uma estratégia realmente muito bem elaborada. Novo sucesso à vista para o canal de Silvio Santos? É provável que sim, mas ainda é muito cedo para afirmar algo assim. Vamos ver o que o destino reserva paraChiquititas. Até lá confira o que Curti! e Não Curti! na novela:

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CURTI!
Meninas de talento: As sete internas do orfanato Raio de Luz são ótimas. Muito naturais, Cinthia Cruz (Cris), Lívia Inhudes (Vivi), Gabriella Saraivah (Tati) e Giulia Garcia (Ana) não exageram e, tirando um deslize ou outro, o rendimento geral é bastante satisfatório. Destaque para Giovanna Grigio, que carrega uma grande tristeza no olhar de Mili, e para Raissa Chaddad, maravilhosa como a metida Bia. A garota é excelente. Conseguiu demonstrar desde a primeira cena todo o pedantismo de sua personagem, sem prejudicá-la no enredo. Pelo menos por enquanto, a gente se irrita com o jeito metido de Bia, mas não consegue odiá-la. Mérito da talentosa atriz que humaniza sua desaforada órfã.

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Meninos de rua: Julia Oliver (Pata), Gabriel Santana (Mosca), Filipe Cavalcante (Rafa) e Gui Vieira (Binho) são outros belos acertos de Chiquititas. Muito expressiva, Julia construiu uma Pata cheia de personalidade, mas também com muita doçura, escondida sob a armadura de quem enfrentou muita barra pesada para conseguir sobreviver nas ruas. É claro que Chiquititas não vai fundo num tema pesado como esse, mas enfatiza a fome, a insegurança e a capacidade de superação que os pequenos sem teto enfrentam diariamente. Gabriel Santana é outro que merece uma atenção especial pela maturidade com que vem interpretando Mosca, o líder do grupo.

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Ótimos coadjuvantes: Ernestina é uma oportunidade para Carla Fioroni mostrar toda sua versatilidade. A zeladora do Raio de Luz tem cara e figurino de bruxa, mas por baixo de toda aquela marra está um coração que se derrete todo pelas Chiquititas. E a atriz ainda terá um desafio extra quando Matilde, a irmã gêmea má de Ernestina, entrar na trama. João Acaiabe (Chico), Pedro Lemos (Tobias), Amanda Acosta (Letícia), Roberto Frota (José Ricardo Almeida Campos), Lisandra Paredes (Maria Cecília) e Letícia Navas (Clarita) são outras bons coadjuvantes em ação.

Clipes: Fazer uma novela musical é sempre um desafio. Como introduzir clipes no meio de uma trama sem ficar artificial? Floribella (criação da argentina Cris Morena, a mesma de Chiquititas) fez isso muito bem durante suas duas temporadas (2005 e 2006), na Band. Mas Chiquititas não fica atrás. A cantoria entra em cena de forma muito natural e as músicas são ótimas e estão perfeitamente inseridas no enredo.

Histórias da Mili: Que sacada genial. Em busca de um público ainda mais jovem e lúdico, a equipe de Chiquititas criou desenhos animados fofíssimos para materializar as histórias que Mili conta para suas amiguinhas. Muito bem produzidos, os desenhos dão um charme todo especial para a novela e espero que sejam mantidos durante toda a temporada.

Simpática abertura: O SBT está dando um banho na Globo no que se refere às aberturas das novelas. A de Carrossel já era uma graça e a de Chiquititas também é muito simpática e criativa. Parabéns!

NÃO CURTI!
Cenário de papelão: Ainda não entendi se o cenário da fachada do orfanato Raio de Luz tem aquela aparência falsa porque foi mal feito mesmo ou se para dar a impressão de ser uma casa de bonecas. De qualquer forma ele foi muito mal sucedido porque parece ser feito de papelão. Não combina, inclusive, com os outros cenários da novela, que são muito bem elaborados.

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Veteranas canastronas: Fiquei super feliz quando soube que Liza Vieira (Sofia), Giovanna Gold (Carmem) e Virginia Nowicki (Eduarda) iriam retornar à telinha em Chiquititas. Acho bem legal quando atrizes veteranas que são jogadas no limbo são recrutadas para matarem a saudades dos seus fãs. Mas, Jesus, Maria, José… Antes tivessem deixado as três onde estavam. Liza está super artificial e parece que soletra cada palavra do seu texto, tirando a naturalidade de suas cenas. Virgínia já apela para o exagero, dando a impressão que ela está apostando todas as suas fichas nessa personagem para conseguir voltar às novelas de vez. Mas, amada, entenda que geralmente o menos é mais… Mas ninguém é pior do que Giovanna. Para que tantas caras e bocas, minha querida? Já percebemos que a Carmem é do mal, mas criança não é burra e as caretas de bruxa má do oeste que ela faz não convencem ninguém. Não curti mesmo!

Protagonistas fora do tom: Manuela do Monte (Carol) e Guilherme Boury (Júnior) são lindos e talentosos. Já provaram isso em outros personagens. E não é que estejam exatamente atuando mal, mas parecem estar fora do tom. Manuela tem uma voz forte e bonita, só que está aérea demais em cena, como se a Carol vivesse dopada. Guilherme tem cara de menino e o Júnior pede um ator com mais cara de homem feito. Sendo assim o discurso do personagem não orna muito com o visual do ator. Sem falar que Guilherme parece extremamente desconfortável com o figurino mais sóbrio do jovem e bem sucedido executivo. Mas tenho a impressão que é só uma questão de Manuela e Guilherme interiorizarem melhor seus personagens e acertarem os passos com a equipe de direção comandada por Reynaldo Boury. Confio nesse time.

Fonte: Jorge Brasil (Contigo Online)

Jornal Estado de Minas: Chiquititas apresenta estreia mais do que positiva

Na esteira do sucesso de Carrossel, o SBT decidiu investir em mais um remake e estreou, na segunda-feira, Chiquititas. Afinal, a emissora já tinha um termômetro em relação à trama argentina que ganhou versão no próprio canal, há 16 anos, com atores brasileiros, e se deu muito bem na audiência. Além disso, a autora de ambas adaptações Íris Abravanel e companhia têm em mente um propósito definido: preencher a carência de uma programação infantojuvenil. E, de quebra, conquistar toda a família.

A estreia, às 20h30, foi mais do que positiva. Como é de praxe na emissora, a nova trama iniciou antes do término de sua antecessora, o que não deixa de ser uma boa estratégia. O primeiro capítulo ultrapassou a expectativa da emissora em audiência. A trama alcançou dois dígitos, com 13 pontos de média (mesmo índice alcançado na estreia de Carrossel, em 21 de maio de 2012) e pico de 15 pontos, mantendo a vice-liderança isolada no horário (dados prévios). Chiquititas agradou também os internautas e foi o assunto mais comentado do Twitter no Brasil, com a hashtag #Chiquititas

A trama de Chiquititas é envolvente. O cenário principal é o Orfanato Raio de Luz, em que crianças abandonadas recebem educação. O benfeitor é um rico empresário cuja relação com o lugar se entrelaça com um drama familiar. Segundo Íris Abravanel, por conta do público-alvo questões como orfandade e adoção serão abordadas com mais leveza e descontração. “Necessariamente, a criança órfã não está condenada a infelicidade. Em sua maioria, os personagens são fortes, corajosos e muito divertidos”, afirma.

Os primeiros capítulos já mostraram o que o telespectador pode esperar. Como indica a autora, as cenas equilibram questões intensas como o universo de esperança e muitas brincadeiras embaladas com música e dança. As personagens do orfanato ganharam personalidade mais definida. Mas nem tudo serão flores. A trama vai mostrar o dia a dia de crianças e pré-adolescentes que precisam lidar com conflitos, não só aqueles comuns à chegada da puberdade, como rejeição e abandono, que tocam mais diretamente na alma.

Em relação à produção, destaque para o figurino. Especialmente os uniformes das crianças que vivem no Raio de Luz, cuja concepção é impecável. Os modelos remetem ao passado, com pesquisa realizada sobre o histórico de roupas usadas em orfanatos brasileiros, ao mesmo tempo em que carregam linguagem inovadora com o intuito de atrair o interesse do telespectador. Outros núcleos de Chiquititas, como o dos funcionários do Café Boutique, também receberam tratamento cuidadoso. Ali, o figurino é inspirado em charmosas boutiques francesas.

No mais, o elenco, especialmente o infanto-juvenil, promete cair no gosto popular, assim como aconteceu com a garotada de Carrossel. Com Mili (Giovanna Grigio), as Chiquititas Cris (Cinthia Cruz), Vivi (Lívia Inhudes), Ana (Giulia Garcia), Bia (Raissa Chaddad) e Tati (Gabriella Saraivah) têm tudo para encantar o público. Assim como Pata (Júlia Olliver), Mosca (Gabriel Santana), Rafa (Filipe Cavalcante) e Binho (Gui Vieira). Além, claro, do par romântico, que será formado por Manuela do Monte (Carolina) e Júnior (Guilherme Boury), indispensável para o sucesso de qualquer novela. 

Fonte: Simone Castro (De Olho na Telinha - Jornal Estado de Minas)